Há três casas por duas famílias, mas 25% precisa de obras

Sexta-feira, 4 de Julho de 2014

A realidade do parque habitacional português é contraditória e paradoxal. Se por um lado as casas existentes (5,9 milhões) traduz um rácio de 1,45 face ao número de famílias, a verdade é que um estudo encomendado pela Confederação Portuguesa da Construção e Imobiliário (CPCI) conclui que há défice e não excesso de habitações.

 

Retirando as segundas habitações (um milhão), os alojamentos turísticos e as habitações degradadas, o parque habitacional reduz-se a 3,9 milhões, conduzindo a um défice de 102 mil face ao universo de famílias. Segundo o estudo, um quarto do parque habitacional (1,5 milhões de casas) precisa de obras, existindo 126 mil a exigir uma reabilitação profunda por ameaçarem ruína ou a segurança pública. A CPCI considera o estudo traduz "um profundo desfasamento entre a oferta e a procura" e desfaz o mito de que há excesso de casas em Portugal, evidenciando que "subsistem elevadas carências de habitação".
O trabalho realizado por uma equipa da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) será hoje apresentado no Porto durante a conferência a Reabilitação Urbana em Portugal-Presente e Futuro que será presidida pelo ministro do Ambiente e Ordenamento do território, Jorge Moreira da Silva.

 

Reabilitar custa 38 mil milhões


A equipa da FEUP procedeu a um levantamento exaustivo das necessidades de reabilitação de todas as freguesias do país e depois fez as contas ao investimento que a recuperação do parque degradado exige. O número impressiona: 38 mil milhões de euros. Dois terços deste valor (24 mil milhões) correspondem a médias ou grandes reparações.

As grandes cidades são as que apresentam um parque habitacional mais envelhecido e degradado, Por exemplo, requalificar Lisboa custa, segundo o estudo, 9,3 milhões de euros, mais do dobro da Área Metropolitana do Porto (4.4 mil milhões).

A CPCI reconhece que a dimensão do investimento exige um grande envolvimento dos agentes privados, defendendo uma novo modelo de financiamento reservado ao segmento de reabilitação

Licenciamento atrapalha

O estudo da FEUP analisa também o posicionamento das empresas face ao mercado da reabilitação urbana.

A maioria das empresas (44%) reconhece que a atividade nos últimos 12 meses decresceu, mas admite que o nível de produção aumentará nos próximos dois anos.

As empresas apontam como principais entraves à sua atividade a procura por parte dos proprietários (35%), o acesso e custo do financiamento bancário /33%) e complexidade do licenciamento (30%).

 

fonte: ABILIO FERREIRA, Expresso

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